Tão viva na pele mais fina
A poesia.
Não me separa do mundo
Nem me torna mais santa
Talvez, não me torne, também, mais sã.
Torna-me,
A cada tentativa de encontro com o divino,
Mais humana.
É o café mais forte
Do pó de versos outros,
Versos de outrem,
Ou versos de outrora
Adoçados no açúcar mais suave das alegrias
Ou deixados no amargor triste das dores,
A poesia.
É colorida das cores com ou sem nome
É preta e branca das mãos extremas
Que se tocam
Entremeiam-se.
Poesia é a cor única que perpassa o mistério da vida.
Poesia...
É onde repouso e de onde me levanto
É quando abro os luzeiros de minha face
E ilumino o andar dos pés.
Poesia...
É estação de trem
É cada paisagem da pequena janela para o mundo
É cada chegada e cada partida.
Poesia...
É onde mora o infinito
É, talvez, todo lugar em que eu não consiga pontuar,
É reticência.
Poesia é, por fim, e no início do começo para a eternidade,
Todo abraço em que não consigo colocar ponto final.
( Melissa Rocha)
terça-feira, 9 de setembro de 2008
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